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Presidente da Uefa apoia demanda do Bom Senso FC no Brasil e pede negociação
Michel Platini está no Brasil para o Sorteio da Copa do Mundo, nesta sexta, na Bahia
Quando atleta, Michel Platini fez greve em 1972 para pedir que os
jogadores ficassem livres após o contrato. Hoje, como presidente da
Uefa, o francês não acha que a greve seja o melhor caminho para os
jogadores. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o
dirigente, que está na Costa do Sauipe (BA) para participar do sorteio
dos grupos da Copa do Mundo de 2014, defendeu as propostas do movimento
Bom Senso FC, mas disse acreditar que, antes de entrarem em greve, os
atletas deve esgotar todas alternativas de negociação.
"A greve
nunca é uma boa maneira. É melhor conseguir negociar antes. Mas eu
entendo que se mil jogadores pensam que jogam demais, é porque é uma boa
questão. Tem de pensar sobre isso, sobre o calendário. É preciso
envolver jogadores, as ligas e as associações nacionais para achar um
bom caminho para o futebol", disse Platini, ao comentar sobre o Bom
Senso, movimento que já reúne cerca de mil jogadores e cobra melhores
condições de trabalho no Brasil.
Para Platini, é fundamental que
os atletas tenha voz e representatividade nas decisões do futebol
brasileiro. E ele cita a entidade que preside como exemplo. "Muitas,
muitas, muitas associações nacionais contam com a participação dos
jogadores. Na Uefa, se eu quero mudar o calendário da Liga dos Campeões,
tenho que falar com o sindicato dos atletas. Se eles não aprovam, a
gente não muda. Se aprovam, a gente muda", contou.
O dirigente
também defendeu a participação da TV na discussão sobre mudanças no
calendário. "A televisão tem de mostrar os jogadores de futebol. Se eles
não jogam, não tem TV. E se a TV não mostra os jogos, os jogadores não
jogam. Tem de colocar a TV na discussão. Se o problema é porque eles
jogam muito, eu entendo, eu era jogador. Eles têm de jogar como eu, sem
correr muito", afirmou.
Platini também falou sobre a decisão da
Fifa de manter jogos da Copa do Mundo às 13 horas, apesar das críticas
de que o calor pode afetar a integridade física dos atletas. O francês
lembrou que disputou a Copa de 1986, no México, sob calor intenso, mas
preparou-se antes para jogar em altas temperaturas. "Agora, eu vim de
Paris para Salvador e enfrentei uma diferença de 30 graus mas as
seleções saberão que horas e onde vão jogar. Terão tempo para se
preparar, então, não tem problema. Outra questão é política e econômica
por causa dos direitos de TV. Se muitas pessoas querem ver os jogos,
você tem de colocar o jogo em um bom horário para a TV", explicou
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