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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Experiência vivida por clubes nacionais pode auxiliar Galo no Mundial do Marrocos


Internacional, São Paulo e Corinthians tiveram êxito no torneio nos últimos anos
  


Paulo André toca a taça do Mundial; Josué na época de São Paulo e Internacional campeão em 2006
Ser campeão do mundo. As palavras dignificam a glória da equipe que vence o torneio organizado pela Fifa. Pela primeira vez em sua história, o Atlético terá a honra de disputar a competição. Campeão da Copa Libertadores'2013, o Galo será o representante brasileiro no evento sediado no Marrocos, entre os dias 11 e 21 de dezembro, com a presença dos campeões continentais e um time do país sede.

Mesmo estreante na disputa, o Alvinegro poderá utilizar a vivência de outras equipes brasileiras para se prevenir dos contratempos. Recentemente, São Paulo, Internacional
e Corinthians são os clubes do país que tiveram êxito contra os gigantes europeus no Mundial Interclubes.

Corinthians

O Superesportes conversou com dirigentes e jogadores para verificar detalhes importantes para a competição. Atual campeão do mundo com o Corinthians, o zagueiro Paulo André alerta para os riscos do favoritismo na fase semifinal.

”A responsabilidade é toda do clube brasileiro e, por mais que o time nacional seja superior tecnicamente, a pressão é grande e interfere muito em um jogo que você não pode falhar”, revelou o zagueiro.

A equipe paulista endossou o discurso de outras agremiações bem sucedidas no torneio e implantou força máxima na reta final do Brasileiro. “O Tite colocou na nossa cabeça que nos últimos seis jogos do Brasileiro, queria time completo e intensidade máxima. Seria a nossa preparação para o Mundial. Aquilo foi ótimo para nos alertar e nos condicionar da melhor forma possível”, completou.

Em sua primeira aparição no Mundial, o Corinthians superou o Al Ahly por 1 a 0. Na final diante do Chelsea, a repetição do placar magro foi suficiente para dar o título ao clube brasileiro. O goleiro Cássio e o atacante Paolo Guerreiro foram os protagonistas da partida.


Internacional

Diretor de futebol do Colorado em 2006, quando superou o Barcelona com gol de Adriano Gabiru, Luís César Souto de Moura conta minúcias do planejamento gaúcho na caminhada do título mundial.

“O Atlético enfrentará uma viagem menor que o Internacional, que jogou em Tóquio. A nutricionista do clube deve acompanhar o cardápio do hotel atentamente, desde a produção dos alimentos até a distribuição. Os serviços médicos devem ser mapeados. Passamos por uma experiência complicada no Japão. Tivemos um jogador que precisou de ressonância, e o laudo veio em japonês. Sem tempo para traduzir, tomamos a decisão de não utilizá-lo sem a palavra de um especialista”, disse o dirigente à reportagem.

Segundo Luís César, outro ponto importante é a dedicação e preparação no Campeonato Brasileiro. Em 2006, o Internacional foi vice-campeão do país. “Esse negócio de poupar jogador, você acaba em uma situação de ‘destreinamento’. Isso faz com que o jogador perca o condicionamento, principalmente para o jogo. A questão técnica acaba comprometida”, completou.


São Paulo

Campeão com o São Paulo em 2005, o volante Josué, no Atlético desde março deste ano, concorda com a ‘tese’ de que o Nacional é a melhor forma de preparo. “A gente vem pensando no Mundial. Não tem treinamento melhor que o Campeonato Brasileiro. Infelizmente, o calendário brasileiro não ajuda e algumas lesões atrapalham, mas continuamos nos preparando para o torneio no Marrocos”, comentou.

Um detalhe comum nas três conquistas brasileiras (2005,2006 e 2012) foi a eficiência defensiva no jogo diante dos europeus.  A atuação de Rogério Ceni diante do Liverpool, em 2005, foi destaque mundial. Reserva nos títulos do Tricolor em 1991 e 1992, o goleiro comentou a diferença do estilo de jogo no último triunfo.

"Talvez o elenco do São Paulo de 2005 não tenha o mesmo glamour daquela geração vencedora do passado. Mas podem acreditar que assim como aconteceu com aquele grupo vencedor, que cheguei a fazer parte, o atual elenco também entrou para a história do clube. Os atuais jogadores resgataram a trajetória vitoriosa da equipe. O São Paulo voltou a ser falado no Brasil e no mundo todo", disse Ceni à época.

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