Rogério Ceni não renovou contrato com o São Paulo à toa. Prestes a
completar 41 anos, em janeiro, o goleiro-artilheiro pretende encerrar a
carreira com ao menos um título importante. Por isso, antes mesmo do fim
de 2013, ele já tem tomado medidas referentes à próxima temporada. Como
orientar a quem chega como deve se comportar e, mesmo de férias, fazer
academia.
Após o último compromisso do ano (derrota para o
Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro), ele foi ao CT da Barra Funda, na
segunda-feira, e encontrou Luis Ricardo, único reforço contratado até o
momento. Chamado de canto depois de complementar os exames médicos, o
lateral direito ouviu os mandamentos de como se firmar com a camisa
tricolor.
Na cartilha verbal, Ceni destacou a importância que o
técnico Muricy Ramalho dá aos horários e ao comprometimento diário nos
treinamentos. Falou ainda que acredita no potencial do reforço – que o
vazou na derrota da Portuguesa por 2 a 1 para o São Paulo, no segundo
turno da competição nacional – e espera que ele não siga o caminho de
alguns que se acomodam por simplesmente chegar a um clube grande.
O
capitão fez o mesmo com outros atletas no passado. Fez em outro tom com
o zagueiro Lúcio, por exemplo, no início do ano. Mas os conselhos ao
ex-companheiro de Seleção Brasileira não surtiram muito efeito: meses
depois, o defensor acabou sendo afastado por Paulo Autuori, técnico que
antecedeu Muricy Ramalho, sob a justificativa de indisciplina.
O
fracasso de Lúcio foi apenas um dos pontos negativos da talvez pior
temporada de Ceni no São Paulo. Durante a luta contra a queda à segunda
divisão nacional, o goleiro admitiu que nunca havia sofrido tanto.
Muricy revelou que o camisa 1 confessou o receio de manchar a carreira
com um rebaixamento, e outras pessoas próximas apostam que ele até
perdeu peso.
A sofrível campanha o deixou em dúvida se deveria ou
não estender a carreira, como queriam treinador, torcedores e
dirigentes. No fim, porém, acabou se convencendo de que se aposentar em
seu ano profissionalmente mais difícil não seria o melhor. Incentivado
pelas boas atuações recentes e pelos bons resultados nos exames médicos
antecipados, sentou-se à mesa com o presidente Juvenal Juvêncio e
prolongou o vínculo por mais um ano.
Depois de assinar a
renovação e conversar com Luis Ricardo, ele partiu para as férias. Mas
não se desligou totalmente do trabalho. Apesar de ter visitado o pai em
Sinop, no Mato Grosso, e viajado com a família para Miami, nos Estados
Unidos, Ceni comprometeu-se a continuar fazendo exercícios aeróbicos e
fortalecimento muscular. Para adiantar a pré-temporada, o goleiro quer
se reapresentar, na manhã de 6 de janeiro, com mínimo de 60% de seu
condicionamento físico ideal.
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