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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Tudo para brilhar no Rio

Atletas do Minas integram a Seleção Brasileira, que participará das principais competições internacionais da temporada, de olho na classificação aos Jogos Olímpicos de 2016

Depois de realizar, em dezembro, no Rio de Janeiro, a Seletiva Nacional 2013, a Confederação Brasileira de Judô confirma a Seleção Permanente da modalidade, já com vistas à preparação para os Jogos Olímpicos Rio’2016. São 111 atletas, 11 dos quais lutadores do Minas, clube que tem uma medalhista olímpica, a leve Kethleyn Quadros, bronze em Pequim’2008 (primeira medalha feminina individual do Brasil), e o campeão mundial Luciano Corrêa, no Rio’2007, bronze na competição do Cairo’2005. O grupo é treinado pelo ex-integrante da Comissão Técnica da Seleção Floriano Almeida.

O Minas tem representantes em 10 das 14 categorias: Leve, Meio-leve, Meio-Médio, no masculino e feminino; ligeiro feminino, Médio, Meio-pesado (com dois representantes) e pesado, masculino. O clube só não está representado no Ligeiro dos homens, Médio, Meio-Pesado e Pesado das mulheres.

São muitas as novidades, como a ligeiro Nathalia Brigida, que está na mesma categoria da campeã olímpica Sarah Menezes, atual número 1 do ranking mundial, somando 2.654 pontos. A judoca do MTC, que vem participando de competições internacionais, é a 29ª desse ranking, com 442 pontos. “É difícil disputar contra a Sarah, que é nossa primeira campeã mundial, no entanto, estou lutando e não vou desistir nunca. Espero ter mais oportunidades de participar de competições internacionais ao fazer parte da Seleção permanente e, assim, lutar pelos resultados. O objetivo é estar no Rio’2016. Tenho três anos para alcançá-lo.”

Outras novidades da equipe mineira são o ligeiro Vinicius Leal, que ainda não pontuou no ranking mundial e para conseguir a vaga de titular tem de ultrapassar Bruno Mendonça, 13º. O meio-médio Gustavo de Assis está na mesma situação de Vinicius. Na sua categoria, o brasileiro mais bem colocado é Vitor Penalber, terceiro do mundo. O médio Eduardo Bettoni tem um caminho ainda mais difícil, pois, sem ter ainda pontuado no ranking, tem de somar pontos suficientes para ultrapassar dois concorrentes, Eduardo Santos, o 40º, e Tiago Camilo, maior medalhista do judo brasileiro em Olimpíadas (prata na meio-leve em Sydney’2000; bronze em Pequim’2008, na meio-médio e em Londres’2012, na médio, além de campeão mundial na médio, no Rio’2007, além de tricampeão pan-americano).

O pesado Gabriel Santos vive o mesmo desafio, pois tem de pontuar e ainda ultrapassar ninguém menos que Rafael Silva, o número 1 do mundo em sua categoria, além de bronze na Olimpíada de Londres’2012 e prata no Mundial Rio’2013.

As outras apostas minas-tenistas são em atletas mais experientes. Entre os homens, Alex Pombo, 20º do ranking mundial entre os leves; Luciano Correa, 19º, e Hugo Pessanha, 30º entre os meio-pesados, sendo que o brasileiro melhor colocado nessa disputa é o concorrente direto à vaga, Renan Nunes, 15º do mundo.

Luciano enfrentou problemas de contusão no último ciclo olímpico. “Eu passei o tempo todo correndo atrás do Leonardo Leite e consegui estar em Londres. Ainda sonho com uma medalha olímpica e quero conquistá-la no Rio de Janeiro daqui a três anos.” Hugo lamenta o fato de concorrer com Luciano, seu companheiro de clube. “Vai ser difícil, pois ele já foi campeão mundial e quer muito estar no Rio, como eu. Vou dar o meu melhor.”

Entre as mulheres, as perspectivas são positivas. Érika é a vice-líder do ranking das meio-leves; Kethleyn Quadros, 7ª entre as leves (sua concorrente direta Rafaela Silva,é a segunda do mundo); e Mariana Silva a 25ª entre as meio-médios, com duas concorrentes muito fortes: Mariana Barros, a 10ª e Katerine Campos, a 15ª. Kethleyn sofreu um ano com uma contusão, o que segundo ela, a prejudicou bastante. “Agora, vou participar normalmente do Circuito Mundial e espero tirar proveito disso. Sei que depende só de mim e vou me esforçar na preparação. Quanto mais trabalhar, melhor.”

REGRAS De acordo com o regulamento da Confederação Brasileira de Judô, os judocas integrantes da Seleção Permanete têm competições pré-definidas e as despesas de passagens e hospedagem garantidas, com dinheiro que vem dos patrocinadores e da Lei Piva.

A equipe permanente


Ligeiro
» Felipe Kitadai (RS), Diego Santos (RS), Allan Kuwabara (SP), Sarah Menezes (PI), Gabriela Chibana (SP) e Nathália Brigida (MG)
Meio-leve
» Charles Chibana (SP), Luiz Revite (SP) e Vinicius Leal (MG), Érika Miranda (MG), Raquel Silva (RJ) e Jéssica Pereira (RJ)
Leve
» Bruno Mendonça (SP), Alex Pombo (MG), Marcelo Contini (SP), Rafaela Silva (RJ), Ketleyn Quadros (MG) e Flávia Gomes (SP)
Meio-médio
» Victor Penalber (RJ), Leandro Guilheiro (SP), Gustavo Assis (MG), Mariana Barros (SP), Mariana Silva (MG) e Katherine Campos (RJ)
Médio
» Tiago Camilo (SP), Eduardo Santos (RS), Eduardo Bettoni Silva (MG), Maria Portela (RS), Bárbara Timo (RJ) e Nádia Merli (SP)
Meio-pesado
» Renan Nunes (RS), Luciano Corrêa (MG), Rafael Buzacarini (SP), Hugo Pessanha (MG), Mayra Aguiar (RS), Samanta Soares (SP) e Renata Januário (RJ)
Pesado
» Rafael Silva (SP), David Moura (MT), Walter Santos (SP), Gabriel Souza (MG), Maria Suelen Altheman (SP), Rochele Nunes (RS) e Claudirene Cezar (SP)

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