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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fifa exige explicações da CBF sobre o imbróglio do Brasileirão de 2013


Fifa alerta a clubes brasileiros que não tolera Justiça comum


O cerco está se fechando para a Confederação Brasileira de Futebol. Pressionada por torcedores de Portuguesa e Flamengo na Justiça comum devido às punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Depostiva (STJD) no fim do ano passado, e pelo Ministério Público, a CBF também está na mira da Fifa. A entidade máxima presidida pelo suíço Joseph Blatter questiona o caos extracampo que envolve o fim do Campeonato Brasileiro de 2013 e exige punição a quem contrariar o artigo 68 do Estatuto da Fifa e recorrer à Justiça comum, e estabeleceu hoje como prazo final para alguma decisão.

A Série A do ano passado teve os resultados alterados pelo STJD, que determinou o rebaixamento da Portuguesa em vez do Fluminense devido à escalação irregular do meia Héverton. O Flamengo cometeu o mesmo erro administrativo, mas, mesmo com o castigo, tem pontos suficientes para permanecer na primeira divisão. O rubro-negro só cairá se os processos da Lusa na Justiça comum prosperarem.

Em um documento encaminhado à CBF, a Fifa chama a atenção para que seja aplicada uma punição severa aos clubes que acionarem a Justiça comum depois da derrota no STJD. No entanto, até agora, nenhum dos dois clubes desqualificou a decisão do tribunal. As ações movidas partiram de torcedores dos dois times. O Flamengo apelou tão somente à Corte Arbitral do Esporte.

Em um e-mail respondido ao portal UOL, a Fifa assume ter dado um puxão de orelha na CBF. “Podemos confirmar que a Fifa contatou CBF para ter uma atualização sobre a situação mencionada, com referência nesta correspondência com o art. 68 dos Estatutos da Fifa”. O artigo mencionado proíbe clubes de buscarem soluções fora da esfera esportiva e estabelece esta sexta-feira como prazo final para as explicações da CBF.

ReforçoOntem, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, manifestou apoio ao Ministério Público na investigação do imbróglio do Campeonato Brasileiro. No último fim de semana, o promotor Roberto Senise disse ter indícios de que funcionários da Portuguesa podem ter recebido dinheiro para que o atleta fosse escalado. “Eu li a notícia e acho que isso tem de ser investigado a fundo mesmo. Se o MP precisar do Flamengo, terá colaboração total. O torcedor merece saber a verdade. Não fomos procurados mas, se formos, daremos todo o apoio”, disse o mandatário rubro-negro.

O cartola tentou deixar claro que, embora o Flamengo tenha escalado André Santos de forma irregular contra o Cruzeiro na véspera do jogo da Portuguesa, o clube não teve nenhum envolvimento na escalação do meia Heverton. “O Flamengo não tem nada a ver com isso. Diante dessas notícias, é claro que surgem especulações. Mas é matematicamente impossível que tenha havido participação do Flamengo. É melhor o MP esclarecer logo isso tudo do que ficar esse disse me disse”, avisou.

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