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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Em jogo equilibrado, Wawrinka supera Berdych e alcança primeira final de Slam


Após 12 anos como profissional, suíço consegue chegar à primeira decisão

Suíço de 28 anos provou que a vitória sobre Novak Djokovic nas quartas de final não foi um acaso

Depois de 12 anos de carreira profissional, Stanislas Wawrinka finalmente entrará em quadra para disputar um título de Grand Slam. Nesta quinta-feira, o suíço de 28 anos provou que a vitória sobre Novak Djokovic nas quartas de final não foi um acaso, e, em uma batalha de três tie-breaks, superou o tcheco Tomas Berdych por 3 sets a 1, parciais de 6/3, 6/7 (1-7), 7/6 (7-3) e 7/6 (7-4), alcançando a final do Aberto da Austrália de 2014. O adversário sai do confronto entre o seu conterrâneo Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, que jogam nesta sexta.

Esta será a primeira a primeira vez que Wawrinka disputará uma decisão de Grand Slam. Em grande fase nos últimos anos, o tenista tinha como melhor campanha de sua carreira a semifinal do Us Open de 2013, quando acabou derrotado pelo sérvio Novak Djokovic em uma batalha de cinco sets. As quartas de final na Austrália (2011) e em Roland Garros (2013), além das oitavas de final em Wimbledon (2008 e 2009), haviam sido os outros destaques da novela do suíço com os torneios de Grand Slam. Que ganhou o seu maior capítulo nesta quinta-feira.

Para ser ter uma ideia do quão duro é – ou era - este enredo, Stanislas Wawrinka tornou-se, com a vitória nesta manhã, o segundo jogador que mais disputou Slams antes de conseguir ser finalista - 36 vezes. O recordista ainda é o espanhol David Ferrer, que jogou 42 campeonatos deste porte até ser vice-campeão em Roland Garros, no ano passado. O triunfo na semifinal desta quinta também proporcionará a melhor posição da carreira do suíço, que saltará, pelo menos, da oitava para a sétima colocação do ranking da ATP.

O jogo desta quinta-feira, disputado na Rod Laver Arena, foi extremamente equilibrado. Daqueles em que qualquer ponto conquistado no serviço adversário representa algo que pode modificar o panorama de um duelo muito físico. No total, em 3h31m de partida, houve apenas uma quebra de serviço: no oitavo game do primeiro set, em favor de Wawrinka. De resto, os dois jogadores atuaram com eficiência em seus saques e deixaram para decidir as outras parciais somente nos tie-breaks.

No primeiro set, ambos os tenistas confirmaram os seus saques até o oitavo game. Com o placar apontando 4/3 para Wawrinka, Berdych foi para o serviço e acabou superado. Ele não conseguiu imprimir a pressão do outros pontos até então disputados, acabou castigado e amargando a desvantagem de 5/3. Na sequência, o suíço confirmou o seu saque e fechou a primeira parcial em somente 31 minutos. Os diferenciais, certamente, foram os números de bolas vencedoras (12 x 6) e percentual de pontos conquistados junto à rede (60% x 33%).

Na segunda parcial, a tônica seguiu a mesma. Os dois tenistas jogavam muito bem em seus serviços e, por isso, praticamente não ameaçavam o saque rival. Quando colocava a bola em jogo, no entanto, Berdych permitia menos esperança ao suíço, que, por sua vez, proporcionava um pouco mais de ‘emoção’ aos espectadores. No fim, o duelo foi para o tie-break, e o tcheco conseguiu uma mini-quebra logo de cara, abrindo 3-1. Ele seguiu impondo o seu ritmo e fechou a parcial com um implacável 7-1.

Sem novidades. Assim também foi o terceiro set. Novamente, os dois tenistas confirmaram todos os seus serviços e levaram a parcial ao desempate. Após uma troca de mini-breaks, Wawrinka tomou a dianteira do marcador e não largou mais: 7-3. O equilíbrio de todo o set foi refletido nas estatísticas. Ambos tiveram três aces, Berdych foi levemente superior nos pontos conquistados com o primeiro serviço (67 % x 66%) e nas bolas vencedoras (16 x 12), enquanto o suíço somou menos erros não forçados (10 x 11).

A quarta parcial, assim, como as três anteriores repetiu o estilo de jogo apresentado pelos tenistas. Ir para o saque era sinônimo de conquistar um game. Berdych chegou até a alcançar um 30-30 quando o placar apontava 6/5 a seu favor, mas Wawrinka mostrou agressividade e, novamente, levou o duelo para o tie-break. O terceiro em quatro parciais. Nele, o suíço conseguiu uma mini-quebra logo no primeiro ponto e chegou ao match point no 6-3. Cometeu uma dupla-falta, mas, imediatamente na sequência, contou com uma devolução errada do adversário para fechar o jogo e, enfim, garantir vaga para uma decisão de Grand Slam.


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