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Em jogo equilibrado, Wawrinka supera Berdych e alcança primeira final de Slam
Após 12 anos como profissional, suíço consegue chegar à primeira decisão
Suíço de 28 anos provou que a vitória sobre Novak Djokovic nas quartas de final não foi um acaso
Depois de 12 anos de carreira profissional, Stanislas Wawrinka
finalmente entrará em quadra para disputar um título de Grand Slam.
Nesta quinta-feira, o suíço de 28 anos provou que a vitória sobre Novak
Djokovic nas quartas de final não foi um acaso, e, em uma batalha de
três tie-breaks, superou o tcheco Tomas Berdych por 3 sets a 1, parciais
de 6/3, 6/7 (1-7), 7/6 (7-3) e 7/6 (7-4), alcançando a final do Aberto
da Austrália de 2014. O adversário sai do confronto entre o seu
conterrâneo Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, que jogam nesta
sexta.
Esta será a primeira a primeira vez que Wawrinka disputará
uma decisão de Grand Slam. Em grande fase nos últimos anos, o tenista
tinha como melhor campanha de sua carreira a semifinal do Us Open de
2013, quando acabou derrotado pelo sérvio Novak Djokovic em uma batalha
de cinco sets. As quartas de final na Austrália (2011) e em Roland
Garros (2013), além das oitavas de final em Wimbledon (2008 e 2009),
haviam sido os outros destaques da novela do suíço com os torneios de
Grand Slam. Que ganhou o seu maior capítulo nesta quinta-feira.
Para
ser ter uma ideia do quão duro é – ou era - este enredo, Stanislas
Wawrinka tornou-se, com a vitória nesta manhã, o segundo jogador que
mais disputou Slams antes de conseguir ser finalista - 36 vezes. O
recordista ainda é o espanhol David Ferrer, que jogou 42 campeonatos
deste porte até ser vice-campeão em Roland Garros, no ano passado. O
triunfo na semifinal desta quinta também proporcionará a melhor posição
da carreira do suíço, que saltará, pelo menos, da oitava para a sétima
colocação do ranking da ATP.
O jogo desta quinta-feira, disputado
na Rod Laver Arena, foi extremamente equilibrado. Daqueles em que
qualquer ponto conquistado no serviço adversário representa algo que
pode modificar o panorama de um duelo muito físico. No total, em 3h31m
de partida, houve apenas uma quebra de serviço: no oitavo game do
primeiro set, em favor de Wawrinka. De resto, os dois jogadores atuaram
com eficiência em seus saques e deixaram para decidir as outras parciais
somente nos tie-breaks.
No primeiro set, ambos os tenistas
confirmaram os seus saques até o oitavo game. Com o placar apontando 4/3
para Wawrinka, Berdych foi para o serviço e acabou superado. Ele não
conseguiu imprimir a pressão do outros pontos até então disputados,
acabou castigado e amargando a desvantagem de 5/3. Na sequência, o suíço
confirmou o seu saque e fechou a primeira parcial em somente 31
minutos. Os diferenciais, certamente, foram os números de bolas
vencedoras (12 x 6) e percentual de pontos conquistados junto à rede
(60% x 33%).
Na segunda parcial, a tônica seguiu a mesma. Os dois
tenistas jogavam muito bem em seus serviços e, por isso, praticamente
não ameaçavam o saque rival. Quando colocava a bola em jogo, no entanto,
Berdych permitia menos esperança ao suíço, que, por sua vez,
proporcionava um pouco mais de ‘emoção’ aos espectadores. No fim, o
duelo foi para o tie-break, e o tcheco conseguiu uma mini-quebra logo de
cara, abrindo 3-1. Ele seguiu impondo o seu ritmo e fechou a parcial
com um implacável 7-1.
Sem novidades. Assim também foi o terceiro
set. Novamente, os dois tenistas confirmaram todos os seus serviços e
levaram a parcial ao desempate. Após uma troca de mini-breaks, Wawrinka
tomou a dianteira do marcador e não largou mais: 7-3. O equilíbrio de
todo o set foi refletido nas estatísticas. Ambos tiveram três aces,
Berdych foi levemente superior nos pontos conquistados com o primeiro
serviço (67 % x 66%) e nas bolas vencedoras (16 x 12), enquanto o suíço
somou menos erros não forçados (10 x 11).
A quarta parcial,
assim, como as três anteriores repetiu o estilo de jogo apresentado
pelos tenistas. Ir para o saque era sinônimo de conquistar um game.
Berdych chegou até a alcançar um 30-30 quando o placar apontava 6/5 a
seu favor, mas Wawrinka mostrou agressividade e, novamente, levou o
duelo para o tie-break. O terceiro em quatro parciais. Nele, o suíço
conseguiu uma mini-quebra logo no primeiro ponto e chegou ao match point
no 6-3. Cometeu uma dupla-falta, mas, imediatamente na sequência,
contou com uma devolução errada do adversário para fechar o jogo e,
enfim, garantir vaga para uma decisão de Grand Slam.
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