O lateral esquerdo Álvaro Pereira acredita que a sua passagem pelo
Porto, entre 2009 e 2012, será determinante para uma boa adaptação ao
São Paulo. Foi no clube europeu que o uruguaio virou fluente no idioma
português, como ficou provado em sua apresentação, e começou a entrar em
contato com o estilo de jogo que julga semelhante àquele praticado no
Brasil.
“Chego com essa vantagem de falar a língua, o que é muito
importante para o trabalho do dia a dia com os meus companheiros, com o
treinador e com toda a comissão técnica. A adaptação se torna mais
rápida assim, até para a minha família. Fiz a escolha certa, com o
coração, vindo para o São Paulo”, discursou.
Com declarações
apaixonadas ao time que tem quatro compatriotas seus (Diego Lugano,
Darío Pereyra, Pablo Forlán e Pedro Rocha) como ídolos, Pereira chamou a
atenção do São Paulo não apenas pela passagem pelo Porto. Ele foi
emprestado pela Internazionale, da Itália, por um ano e meio, mas também
acumula experiências no romeno Cluj, nos argentinos Quilmes e
Argentinos Juniors e no uruguaio Miramar Misiones.
“Já joguei na
Argentina, na Romênia, em Portugal, que tem um estilo bem similar ao
daqui, e na Itália, com o futebol mais lento. Mas adoro o jogo
brasileiro. Gosto muito”, sorriu, com brilho nos olhos. “Não sei
explicar o motivo. O futebol brasileiro é surpreendente, com liberdade
em campo, mas sem perder a disciplina tática. Gosto disso.”
No
São Paulo, Álvaro Pereira tentará emprestar um pouco do estilo uruguaio,
com muito empenho em campo, ao brasileiro. A combinação já deu certo em
outras épocas. “A raça está no sangue dos nossos jogadores. Enfrentamos
muitas necessidades quando crianças. Não quero entrar na temática
social, mas somos um povo muito pequeno, que cresce com o instinto de se
ajudar, de defender os amigos. Somos raçudos”, definiu, com tempo para
fazer uma ponderação. “Mas também jogamos bola.”
A torcida do São
Paulo espera ansiosamente para conferir as virtudes propagandeadas pelo
reforço. Ainda irritado pelos fracassos da última temporada, o público
poderá mostrar uma impaciência que Álvaro Pereira não via desde deixar a
América do Sul. “Mas gosto disso. Tenho saudades de jogar com uma
torcida mais calorosa. Na Europa, você perde um pouco da pressão”, disse
o lateral esquerdo, que não viu muita gente nas arquibancadas do
Morumbi quando prestigiou a goleada do seu novo time sobre o Mogi Mirim.
Além
da pressão, Álvaro Pereira perdeu espaço no futebol europeu. Ele havia
virado reserva do japonês Nagatomo na Inter de Milão. “O ano foi muito
longo. Joguei uma temporada inteira pelo clube e ainda a Copa das
Confederações e as Eliminatórias. A cada 20 dias, havia uma viagem com a
seleção uruguaia. Não é desculpa. Sei que o treinador escolheu outro
jogador, e eu respeitei”, recordou, querendo se adaptar também à
titularidade.
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