O São Paulo leva o rótulo de ser grande clube revelador de jogadores
dos últimos anos no Brasil, exalta produtividade e excelência das
categorias de base em Cotia e tem argumentos para se defender: só com a
venda do meia Lucas ao Paris Saint-Germain (FRA), por exemplo, recebeu
R$ 86 milhões. No entanto, a atual edição da Copa São Paulo – para a
qual o clube é um dos favoritos à conquista do título – revela uma falha
da formação tricolor e uma geração, de 1995, que não conseguiu se
firmar ou produzir bons jogadores.
O time titular do São Paulo
que estreou na Copinha com empate contra o Kashiwa Reysol, do Japão,
teve quatro jogadores nascidos em 1994 – que completam 20 anos em 2014,
idade máxima para o torneio – e sete nascidos em 1996. A equipe é muito
jovem e tem, em sua maioria, atletas longe do limite de 20 anos de
idade. No time, nenhum nascido em 1995, entre 18 e 19 anos.
No
total, o time do São Paulo que disputa o torneio sub-20 é, em sua
maioria, sub-18. São 13 jogadores nascidos em 1996, dos 25 inscritos.
Quatro nasceram em 1994, seis em 1995 e dois em 1997.
No ano
passado, a geração de 1995 foi predominante no time da Copinha. Chegou
às quartas de final, foi eliminado pelo Goiás, e não encantou. O único
aproveitado entre os profissionais daquela equipe foi o meia Lucas
Evangelista, que inicia 2014 treinando sob o comando de Muricy Ramalho,
no CT da Barra Funda. Ele, especificamente, não é formado pelo São
Paulo. Passou a maior parte da carreira amadora no Desportivo Brasil,
foi, saiu e voltou ao São Paulo. Uma disputa entre agentes pode até
tirá-lo do São Paulo nesta temporada.
As maiores revelações do
São Paulo nos últimos anos vão até a geração de 1993. O zagueiro Breno,
que despontou jovem com Muricy Ramalho e marcou a primeira grande venda
de Cotia, é de 1989. Depois dele, a grande aposta foi Oscar, de 1991,
que deixou o clube após disputa jurídica e hoje é titular da seleção
brasileira. Da geração seguinte, de 1992, saíram Lucas e Casemiro, que
hoje também atuam em grandes times da Europa. Como último grande nome
surge Rodrigo Caio, de 1993: titular absoluto em 2013, foi um dos únicos
que se sobressaiu durante o período de crise, passou a ser agenciado
pelo português Jorge Mendes, mesmo empresário de Cristiano Ronaldo, e
inicia 2014 com a certeza que será titular.
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