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Em nota, CBF responde às reivindicações do Bom Senso FC
Entidade sugere que número de partidas por ano seja limitado a 65
por ano e por clube e destaca apoio para realização das Séries C e D
A CBF emitiu, nesta quarta-feira, uma nota oficial na qual responde às
reivindicações do Bom Senso FC. No documento, a entidade destaca que
investe para viabilizar as séries C e D, o que garante que clubes
consigam manter suas atividades.
A entidade também se manifestou a respeito das mudanças no calendário,
uma das reivindicações do Bom Senso FC. A CBF lembra que a diminuição no
número de partidas pode implicar em perda de receita às agremiações,
mas sugere que haja um limite de 65 partidas por ano por clube.
Nota na íntegra.
Diante das recentes manifestações dos atletas de futebol profissional,
ocorridas em partidas do Campeonato Brasileiro, a CBF sente-se no dever
de prestar os esclarecimentos que se seguem.
Há algum tempo a CBF vem estudando medidas destinadas a solucionar as
dificuldades enfrentadas pelos clubes filiados, principalmente no seu
relacionamento com os atletas, importantes atores na prática desportiva.
Já nos primeiros meses da nova administração, no ano de 2012, a CBF
investiu 25 milhões de reais para dar suporte a 40 equipes da Série D e
mais 15 milhões de reais para a Série C, perfazendo o montante de 40
milhões de reais, aplicados às duas Séries C e D, garantindo a esses
clubes, às voltas com sérios problemas financeiros, prestes a paralisar
suas atividades e as da competição que disputavam, o pagamento de
viagens e hospedagem, o custo de arbitragens e até de material
esportivo, como bolas para os jogos.
Em concurso com a Rede Globo, cuidou a CBF, mediante aporte financeiro,
de viabilizar as séries C e D, que sem tal amparo não poderiam se
desenvolver.
Compreenda-se que tais medidas, ampliando o mercado de trabalho,
beneficiaram diretamente os atletas profissionais. Também resulta em
proveito para esses atletas a realização da Série A, coordenada pela
CBF, em combinação com a Rede Globo, patrocinadora oficial dos 20 clubes
participantes, mas sem que advenha qualquer proveito financeiro para
esta entidade, muito embora lhe caiba arcar com considerável custo
financeiro na promoção do certame.
Está, claro, então, que CBF despende quantias importantes para
manutenção das competições nacionais, sem nada receber dos clubes,
empregadores dos atletas.
Consciente de seu papel na organização esportiva do País, a CBF coordena
e incentiva competições nacionais nas categorias sub 20, sub 17 e sub
15, assim como administra as Copas do Nordeste e se prepara para
coordenar a futura Copa Verde, importantes ferramentas de integração
nacional. Nesse sentido, a CBF fez também vultoso aporte financeiro nas
competições de futebol feminino.
A CBF, é preciso que se destaque, não deixa dinheiro em caixa, eventual
superávit é distribuído às Federações, para que possam satisfazer seus
encargos, tanto as mais ricas como aquelas que lutam para sobreviver nos
mais remotos rincões.
Cumpre destacar, no momento, que essa atuação da CBF enseja que centenas
de jogadores, principalmente os que integram os times dos clubes menos
afortunados, tenham emprego remunerado garantido por toda a temporada e
possam desenvolver-se em busca de melhores posições na carreira.
A CBF tomou conhecimento de propalada manifestação de atletas profissionais, que buscariam:
férias de 30 dias - decorrendo de norma legal, sempre foram concedidas;
temporada de 30 dias para preparação física – medida que já foi objeto
de discussão por clubes, entidades de classe e os próprios atletas,
sendo aprovada por todos.
redução do número de jogos por atletas/clube – é assunto submetido à
Comissão de Clubes para encaminhamento aos Conselhos Técnicos dos
Clubes, aos quais cabe, com exclusividade, resolver a questão. Não se
deve esquecer que a redução acarretará perda de receita, impondo acurado
estudo, pelos Clubes, que serão direta e pesadamente atingidos; A CBF
sugere que se limite o número máximo de partidas em 65.
“fair play” financeiro – a medida deu bons resultados na Federação
Paulista, mas requer aperfeiçoamento para implantação em âmbito
nacional. Depende, ademais, do equacionamento das dívidas dos Clubes
(matéria que a CBF e os Clubes trabalham arduamente perante o Governo
Federal e o Congresso Nacional em busca de viabilização do pagamento de
tais dívidas e não sua remissão, ao contrário do que apregoam alguns
órgãos de imprensa). A CBF se dispõe a somar esforços, inclusive com os
jogadores, no sentido de aperfeiçoar os dispositivos legais em torno do
assunto.
Representação dos atletas participando dos Conselhos Técnicos - isso já
ocorre de forma extraoficial com o Sindicato dos Atletas, mas poderá ser
oficializado. Para tanto, faz-se necessária a aprovação pela
Assembleia Geral da CBF ou em reunião dos clubes.
A CBF lembra também que mesmo com encerramento da atual temporada haverá
tempo suficiente para aprofundamento das discussões com os atletas.
Por tais razões, a disposição da CBF é de ouvir a todos, incluindo os
atletas, com os quais busca manter permanente diálogo, mediante contatos
pessoais, como os que se desenrolaram nas ocasiões em que seus
representantes se reuniram com os da CBF, todos empenhados,
sensatamente, na busca do equilíbrio, que trará benefícios para o
esporte, alvo de todos.
Estamos certos de que a prudência e sensatez haverão de prevalecer, para grandeza do futebol brasileiro.
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