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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Regulamento da Conmebol prevê até eliminação de clubes em caso de racismo


Tinga, do Cruzeiro, foi alvo de insultos racistas no jogo contra o Real Garcilaso

A Conmebol prometeu analisar possíveis punições ao Real Garcilaso após insultos racistas de torcedores do clube peruano direcionados ao volante Tinga, na partida contra o Cruzeiro, na estreia das equipes na Copa Libertadores. De acordo com o Regulamento Disciplinar da entidade sul-americana, a equipe peruana pode, em um julgamento mais rigoroso, ser até desclassificada da competição.

O artigo 12 do estatuto norteia sobre punições em casos de discriminação e comportamentos similares. No segundo parágrafo, o documento diz que “qualquer associação membro ou clube cujos torcedores realizem os comportamentos descritos no parágrafo anterior (qualquer tipo de discriminação) será sancionado com uma multa de ao menos US$ 3 mil (R$ 7 mil)”.

Dependendo do caso, o órgão pode impor sanções “como jogar um ou mais jogos de portões fechados, a proibição de jogar uma partida em um estádio determinado, concessão da vitória do encontro pelo resultado que se considere, a perda dos pontos e a desclassificação da competição”, como descrito no terceiro parágrafo do artigo 12.

No Twitter, a Conmebol pediu calma à torcida celeste.

“Sobre o tema de racismo em Real Garcilaso e Cruzeiro. A Confederação Sul-americana analisará o tema e possíveis sanções pertinentes. Pedimos tranquilidade aos torcedores do Cruzeiro. Sabemos que é repudiante”, manifestou-se.

Para o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, a pena neste tipo de situação sempre deve ser rigorosa.

“Episódios como este envolvendo o Tinga devem ser tratados e combatidos aplicando sempre penas graves. Discriminação não cabe no mundo, muito menos no esporte. O clube tem que ser punido de maneira exemplar para que isso não volte a acontecer”, prega Zveiter, em entrevista so Superesportes.

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