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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cruzeiro tenta superar cansaço e episódio de racismo para chegar bem ao clássico


 
"O racismo é a prova o quanto ainda somos primitivos."

Depois da estreia com derrota na Libertadores, para o Real Garcilaso, por 2 a 1, agravada pelos problemas extracampo, especialmente o episódio de racismo do qual foi vítima o volante Tinga, o Cruzeiro volta o foco para o clássico contra o Atlético, domingo, às 16h, no Independência. Para tentar a reabilitação e manter a liderança do Mineiro, o time celeste terá que superar o cansaço da viagem e o aspecto emocional que cercou a partida na altitude de Huancayo, no Peru.
Durante a quinta-feira, os jogadores passaram praticamente todo o dia viajando. A equipe saiu do Peru às 7h, no horário local, e às 10h no horário de Brasília. Como Huancayo é de difícil acesso, os jogadores tiveram que ir de ônibus para Jauja, cidade próxima, e de lá pegar voo para Lima, capital peruana.
Por volta das 12h, no horário local eles deixaram o Peru com destino ao Brasil, onde pousaram no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 20h, já no horário de Brasília. Tiveram que aguardar o embarque para Belo Horizonte e chegou ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em confins, apenas às 22h30, quando foram liberados.
Porém, já nesta sexta-feira, os jogadores terão que se reapresentar para o treinamento que está marcado para as 16h e, logo em seguida, inicia a concentração, às 19h. O técnico Marcelo Oliveira já demonstrou preocupação em relação ao desgaste da viagem e da partida, já que os atletas atuaram a 3.259 metros de altitude.
Apesar disso, ele disse que a intenção é utilizar a equipe titular. "Temos uma viagem longa, a logística é difícil, vamos monitorar os jogadores. Felizmente temos jogadores que podem ser substituídos e com qualidade, mas em princípio a formação mais provável é a base do time que chegou aqui", afirmou Marcelo Oliveira. 
O goleiro e capitão Fábio, que foi titular na última quarta-feira, também comentou sobre o assunto. "Vamos ver os jogadores que estarão aptos a entrar em campo. Isso já era esperado, agora é trabalhar. E vem quem tiver preparado para fazer um belo trabalho no fim de semana", declarou.
Para piorar a situação do time estrelado, o jogo acontecerá no Independência, casa do Atlético-MG, e contará com a presença apenas dos torcedores alvinegros, que costumam exercer forte pressão e fazer a diferença para o time atleticano, que ainda não foi derrotado pelo rival jogando no Horto.
Por causa de brigas entre integrantes das organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, ambas do Cruzeiro, no último clássico, vencido pelo Atlético, por 1 a 0, e válido pelo Brasileiro, a diretoria celeste abriu mão dos 10% da carga total de ingressos e só haverá torcida do rival.
Um alento é que o time atleticano também teve uma longa viagem. A equipe saiu de Barinas, na Venezuela, na quarta-feira e chegou a Belo Horizonte apenas na quinta pela manhã. No entanto, a equipe jogou na terça, teve, em teoria, um dia a mais de descanso. Além disso, não sentiu o desgaste de jogar na altitude.

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