skip to main |
skip to sidebar
Quadro respiratório de esquiadora Lais Souza tem evolução gradativa
Médico de ex-ginasta conversou com jornalistas brasileiros, mas
afirmou ser impossível falar sobre futuro da atleta após o acidente
Antonio Marttos Júnior falou sobre o tratamento que Lais está sendo submetida
Ouvir música e assistir a filmes. Este foram os mais recentes desejos da
esquiadora Lais Souza, de 25 anos, que segue na Unidade de Terapia
Intensiva do Miami Project to Cure Paralysis, desde a última
quarta-feira. Ontem, o médico brasileiro Antonio Marttos Júnior, que
trabalha no hospital e acompanha a atleta, conversou com jornalistas
brasileiros através de um chat organizado pelo Comitê Olímpico
Brasileiro (COB). De cara, explicou que não é possível dar um
prognóstico sobre o futuro de Lais. Preferiu ressaltar a melhora que ela
apresentou no quadro respiratório.
"Ela vem respondendo bem.
Optamos por não colocar o marcapasso agora, pois ela apresentou sinais
de que pode respirar sem a ajuda do ventilador. A primeira vitória será o
'desmame' da ventilação mecânica. A partir daí trabalharemos duro para
comemorar cada evolução de seu quadro", acrescentou Antonio Marttos.
Lais
se comunica com dificuldade - sussurra, na verdade - por causa da
traqueostomia. Não apresenta lapso de memória e tem consciência do que
está acontecendo. Os médicos, porém, tem evitado falar sobre o acidente
em si. Doutor Antonio revelou também que a paulista sente o local onde
foi realizada a cirurgia - na coluna cervical - e que consegue mover os
ombros. "Ela tem alguma sensibilidade na parte superior do braço e do
tórax", disse.
Apesar de perceber os pequenos avanços, o médico
brasileiro confessa que a lesão ainda é grave. "Estamos otimistas de que
ela sairá do ventilador mecânico. Quanto à parte de movimentação ainda é
muito cedo para dar qualquer prognóstico, mas temos alguns sinais de
que a lesão é grave, porém não completa. Reintero que é impossível nesse
momento saber como irá evoluir a parte motora", completou.
Cama especial
Para
prevenir pneumonia e evitar infecções, escaras e coágulos, Lais Souza
está usando uma cama especial, que roda de um lado para o outro. Ela
também vem tendo os cuidados de Stephen Olvey, chefe da unidade de
terapia intensiva neurocirúrgica do Jackson Memorial Hospital. Ele foi
um dos responsáveis pela recuperação do piloto da Fórmula Indy, o
italiano Alessandro Zanardi, medalhista paralímpico em Londres que teve
as duas pernas amputadas após acidente.
"Lais está muito
forte mentalmente e está ciente das manifestações de carinho de todos,
da força que vem recebendo da família, dos amigos, e ficou muito feliz
de ter visto a foto da equipe brasileira em Sochi com a camisa em sua
homenagem", Antonio Marttos Júnior, médico brasileiro que acompanha a esquiadora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário