»

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nova renovação de Ceni levará diretoria a ter conversa com Denis

O único são-paulino a torcer pela aposentadoria de Rogério Ceni no ano passado era Denis. O reserva não torcia contra o capitão, a quem sempre demonstrou respeito, mas sim para finalmente ter uma sequência. Desta vez, ele chegou a ser bancado por Muricy Ramalho como o dono da posição para o início de 2015, mas a nova prorrogação do titular mudou tudo.
Tão logo comunicou o novo acordo, agora válido até 5 de agosto de 2015 (período suficiente para a disputa da Copa Libertadores), o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, prometeu conversar com Denis para tranquilizá-lo. "Acabei de renovar com o Rogério. Me deem cinco minutos", disse o mandatário, no início da tarde desta sexta-feira, antecipando que pedirá paciência ao jogador de 27 anos.
No clube desde 2009 e com contrato até agosto de 2016, Denis nunca escondeu o anseio por assumir a meta - o que Ceni fez em definitivo mais novo (aos 24 anos, em 1997, ao substituir Zetti). Ainda na temporada passada, depois de grande atuação do ídolo em partida disputada no Chile, ele admitiu que não torcia por sua renovação.
"Estou me preparando para jogar quando ele parar. Não gostaria que ele renovasse por mais um ano, não. Vou ser bem sincero, porque acho que minha hora chegou. Já vou fazer 27 anos, e acho que está na hora de jogar", disse o reserva imediato da posição, em outubro de 2013, antes de Ceni decidir o contrário e prolongar o contrato por mais uma temporada.
Neste ano, além de Ceni ter adiantado em abril que desta vez pararia, o técnico Muricy Ramalho chegou a bancar Denis na posição a partir de janeiro. "Para ter comando, tem que ser correto, justo. O Denis teve paciência, treina todos os dias muito forte, é parceiro. É muito difícil ficar tanto tempo sem jogar, tem que ter caráter. O Denis tem que disputar campeonato para mostrar o trabalho dele. Ele é o goleiro para começar 2015", antecipou, no fim de outubro.
Passado pouco mais de um mês, porém, o desfecho se repetiu. Antes mesmo do anúncio da diretoria, o treinador não se arrependeu do que disse. "Quando dei esse apoio publico da definição mesmo, era com a seguinte frase: se o Rogério parar. Isso é bem claro. Só o técnico vindo a público para dizer que ele iria jogar, sem ele ter jogado muitas vezes, ele tem que estar muito tranquilo e contente", defendeu-se o chefe, aproveitando a ocasião para lembrar que recusou muitos reforços para o gol. "Não eram goleiros não mais ou menos, eram feras".

Nenhum comentário:

Postar um comentário